terça-feira, 28 de dezembro de 2010


Voltando a nostalgia trazida pelos dias chuvosos, parei pra pensar em como nos tornamos adeptos às facilidades que a vida nos propõe. E em como acreditamos, fielmente, em meias verdades que tem o poder de acalentar nossas almas.
Em meio a diversos detritos emocionais, um estado de espírito protetor e inconsciente toma conta de todo o nosso ser, e somos capazes de atribuir novas regras às nossas turbulentas estadas na Terra. Algumas almas lúgebres costumam aconselhar viagens, assim como pequenas fugas, a fim de que haja o esquecimento dos tão temidos problemas quando a época não é boa. Viajei nesse fim de ano, e sou feliz por dizer que meus problemas também fizeram as malas e embarcaram comigo. Caso contrário, seria fácil. Felizes, em casa. Infelizes, fora de casa. Qualquer fugidinha da cidade serviria de conforto e, assim, os problemas jamais teriam a mesma importância e intensidade que tem.
Então, por hoje, um “salve” especial para as adversidades encontradas pelo meio do caminho, e que as nossas fugas se tornem a cada dia menores e menos gratificantes.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010


"O Cristo não pediu muita coisa, não exigiu que as pessoas escalassem o Everest ou fizessem grandes sacrifícios. Ele só pediu que amássemos uns aos outros."

Bom Natal!

domingo, 12 de dezembro de 2010


A gente perde e ganha pessoas o tempo inteiro. Perdemos por erros, ganhamos por acertos. Ou simplesmente perdemos e ganhamos porque tem que ser assim. A vida nos presenteia e tira um pouquinho de nós a cada dia que passa. Parei pra pensar na quantidade de pessoas que perdi e ganhei esse ano. E seja lá pela satisfação ou pela dor que senti, sou feliz por ainda ter a vida em movimento.

Boa semana!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Definições

Vivo questionando o fato do ser humano se definir. Seja lá através da internet ou por conversas altamente regadas de sofisticação, todos tentam, quase que em tempo integral, demonstrar o quão bom homem se é. O quão bom cidadão e pai de família se é. E o quanto a sociedade ganha por simplesmente tê-lo vivendo ali. As pessoas buscam por uma definição constante, uma vontade de expor o que se tem e valorizar o que se transmite. Acredito que uma discussão sobre caráter ou contribuições não seja uma boa maneira de se inicar uma amizade ou uma simples apresentação. Um assunto de tal nível deve ser tratado apenas naqueles momentos em que há a busca por uma conquista maior, uma entrevista de emprego ou um pedido de casamento. Antes de sabermos o quanto alguém contribui para a melhoria do mundo ou então para o crescimento geral de uma empresa, deveríamos procurar saber as menores coisas que aquela pessoa carrega consigo. Saber o que ninguém dá valor: o que ela gosta de fazer quando o sol se põe, o que ela pensa quando vai deitar, ou então as rasteiras que a vida já lhe deu. Os seus maiores sonhos e os maiores medos também fazem parte dessa lista. Eu escolheria falar sobre os sentimentos. Não sobre aquelas loucuras que assustam os receptores da mensagem. Mas os pequenos mesmo. As minorias que fazem parte do nosso dia-a-dia e que sequer percebemos. A saudade, eu deixaria por último. Falaria um pouco sobre as rosas, os livros, os cheiros marcantes, as almas caridosas e cheias de luz, e outras coisas românticas e minúsculas. Falaria também sobre as pessoas que causam felicidade sem saber. Que distribuem sorrisos e olhares compreesivos, e que simplesmente não tem idéia da imensidão do bem que fazem. Falaria sobre os tantos maravilhosos amigos que tenho, e o quanto sou grata a eles. Falaria sobre Deus. Sobre os pássaros. Sobre a timidez que todos os dias me impede de fazer algo que gostaria. Sobre o quanto sou feliz e boba. E também sobre o quanto a vida me presenteia, a cada dia que acordo.
Preguiçosa é o meu nome, Helen é só apelido. Muito prazer.

domingo, 21 de novembro de 2010

Com a alma


Com a alma se cria, se conversa. Com a alma se constrói expectativas e vontades irresistíveis. Se almeja abraçar o mundo e gritar a felicidade para quem quiser ouvir. E dividi-la com quem quiser sentir. Sinta. Divida.

Bom domingo!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Dias de Chuva

Hoje o dia amanheceu de forma diferente, o sol resolveu não dar as caras e os pássaros cantarolavam em leves tons de despedida. O clarão diário se escondeu por detrás de toda a chuva que resolveu cair de uma só vez, sem piedade. Os dias chuvosos trazem consigo uma nostalgia incomparável, e talvez seja por esse e por tantos outros motivos que as pessoas prefiram refletir - ou escrever uma crônica -, a qualquer outro tipo de afazer.
Portanto, é exatamente pelo dia chuvoso que eu prezo por menos. Por hoje torne as conversas menos revestidas de sofisticação e revoltas. Valorize um pouco menos a estética, as unhas feitas, e toda a beleza que vem se tornando, a cada dia que passa, uma obrigação. Valorize um pouco mais o cabelo desarrumado, a meia e o chinelo, e também o cansaço do fim do dia. Permita-se sentir. Sinta o cheiro da água na terra, a saudade de um amigo que mora longe, o gosto de uma comida que jamais tivera coragem de experimentar, pelo menos até hoje. Experimente. Como se fosse a última coisa que pudesse fazer. E não se arrependa caso não faça, a coragem é uma dádiva que se adquire com o tempo.
Busque por palavras doces, por abraços bem dados e beijos intermináveis. Perdoe. Perdoe como se pudesse salvar a vida de alguém, provavelmente a sua própria vida. E jamais relacione o perdão ao fracasso, nunca duas situações estiveram tão longe uma da outra. Reconheça esforços, e não meça-os quando o objetivo é fazer alguém mais feliz do que já se é. Agradeça ao padeiro, à moça da cantina, ao seu professor e ao colega de classe. Dê "bons dias" variados e de acordo com o seu humor, mas jamais deixe de dá-los às pessoas que realmente fazem a diferença.
Cante. Brinque. Valorize a vida. E jamais desacredite dela. Desacreditar é o caminho para o fracasso, que se encontra longe do perdão, longe das palavras doces, longe dos "bons dias" e de toda essa maravilhosa alegria que nos é dada a cada dia que abrimos os olhos e encaramos mais um dia, mesmo que seja ele chuvoso.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Dia das Crianças

Embora eu não tenha lá meus trinta anos de vivência, é inevitável que o dia de hoje se torne saudoso, em todos os sentidos. O dia das crianças traz uma alegria e uma simplicidade inquestionáveis, como se todos nós quiséssemos voltar a ser pequenas criaturinhas saltitantes com uma vida sem preocupações ou aborrecimentos. E essa vontade não está relacionada apenas aos mimos e presentes ganhos, mas também à idéia de poder deixar de lado determinadas responsabilidades.
Tornar-se responsável por suas próprias escolhas é uma tarefa árdua e diária. Nos acostumamos a ter sempre alguém ao nosso lado, dando palpites a todo instante e em qualquer situação. Nos primeiros anos de vida nossas mães escolhem basicamente o que somos, o que iremos vestir, comer, a que horas iremos sair, com quem iremos nos divertir, dentre tantas outras situações que me fogem a memória. Algum tempo depois nos tornamos responsáveis por decidir pequenos detalhes, como por exemplo, a vestimenta, a comida, e o falar. O falar de uma criança é, de fato, incontrolável pelas mães, e isso as deixa profundamente irritadas. E ainda que possamos escolher nossas roupas, o que é uma grande vitória para as crianças, nossos pais insistem em "dar pitaco" em todo o resto que achamos que podemos decidir, e, a partir dai, ficamos indignados com a idéia de que nossos criadores não confiam em nós e em toda a nossa responsabilidade aos oito anos de idade.
Passado a época de quase nenhuma preocupação, chega a tão esperada e temida adolescência. O ápice da loucura, do desenvolvimento, da euforia. Acreditamos e colocamos as mãos no fogo pelos nossos ideais – sem ouvir opiniões alheias -, que julgamos como fatos consumados. E a partir disso, nossos pais passam a não saber de mais nada. Não sabem o que é uma roupa “na moda”, uma comida gostosa, um cabelo legal. Eles não sabem... Nós que sabemos!
Os anos se passam, as velinhas se apagam, as responsabilidades crescem numa velocidade assustadora. E então percebemos o quanto era bom poder não escolher o que vestir, o que fazer, o que comer, mas aí já é tarde. A responsabilidade do amanhã ainda se encontra intacta: acordaremos, iremos estudar, trabalhar, crescer e nos tornar alguém que um dia poderá tomar decisões por uma outra criaturinha que precisará de nós. Feliz dia das crianças!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Cansar

Há tempos que cansam. E talvez tempos como esse devessem chegar com uma frequência quase que em mesma proporção dos tempos em que você não se cansa. Pelo simples fato de que cansar é normal, e a demonstração do cansaço não é um ato pecaminoso. Tem dias que realmente cansa. Cansa acordar cedo, tomar banho no frio, se enrolar numa toalha que nada aquece e correr por toda a casa até chegar ao quarto. Cansa ter de fazer o café, pentear o cabelo e ir ao colégio/trabalho. Cansa estar em sala, cansa estar em casa. Cansa conversar e estar sozinho. Cansa não querer, não saber. Saber e não querer. Querer e não saber. Cansa usar dois pares de meia e dez casacos e ainda assim sentir frio. O frio cansa. Traz uma nostalgia e uma elegância quase que irremediáveis. Mas que passam quando o frio passa.
Tem dias que cansa. Cansa a hipocrisia, a falsidade e a frieza. Sendo que essa frieza não possui relação direta com o tempo frio. O congelamento da alma tornou-se natural até mesmo em dias de sol a pino. E até isso cansa.
Portanto todos os que se dão a oportunidade de cansar recebem hoje o meu aplauso. Pois em meio a toda essa exaustão se levantaram, em tempos frios tomaram banho, se enrolaram em toalhas e foram até os quartos. Prepararam o café, pentearam o cabelo e foram ao colégio/trabalho. Ficaram em sala, ficaram em casa. Conversaram e ficaram sós. Não quiseram, não souberam. Souberam e não quiseram. Quiseram e não souberam. Usaram dois pares de meia, dez casacos e sentiram frio. Mas não desistiram. Nem da elegância e nem da nostalgia. Aplaudo em especial aqueles que realmente se cansaram da hipocrisia e da falsidade, seja em tempos quentes ou frios. E é claro, aqueles que não deixaram suas almas resfriarem, mesmo aos 13º da madrugada quase que congelante do RJ.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Por viver

Vivamos!
E mais, tenhamos fé.
De modo a não desistir em meio aos obstáculos
E mostramo-nos presentes independente de medo ou preguiça

Cuidemos!
Dos nossos familiares e amigos próximos
E tenhamos compaixão por aqueles que não nos desejam o bem
Sem deixar que tal sentimento nos sufoque ou contamine

Amemos!
Que de amor é feito a vida,
E a felicidade jamais nos acompanhará a solo
De maneira tal que entre os sentimentos existe uma parceria, uma espécie de familiaridade

E que durante toda essa caminhada amemos por simplesmente amar,
Cuidemos por simplesmente cuidar,
Sem esperar nenhum tipo de recompensa ou reciprocidade
Mas que jamais vivamos por simplesmente viver

Mais uma vez,
Vivamos!
Como se pudéssemos ser melhores a cada escolha
E como se cada novo caminho nos trouxesse um pouco mais de sabedoria e paz.

domingo, 1 de agosto de 2010

O Astro Hollywoodiano



"Gravar no Brasil foi bom, pois pudemos matar pessoas, explodir tudo e eles (os brasileiros) dizem obrigado", diz Sylvester Stallone, no painel de divulgação de seu filme Os Mercenários, durante a Comic-Con 2010. E se complicou ainda mais: "Obrigado, obrigado e leve um macaco!", disse, imitando a voz de uma pessoa simplória.

Certamente, há inúmeros comentários infelizes (assim como o de Sylvester Stallone) que deveriam ser expostos em outdoors gigantescos em pleno centro das grandes e também das pequenas cidades do Brasil. Quem sabe dessa forma a população pudesse criar a capacidade de desenvolver uma memória que trabalhasse em longo prazo, ou até mesmo um alto poder de crítica às pessoas que se julgam melhores em termos de cultura/educação/convivência (deixando claro que a crítica não está relacionada ao desrespeito). Os comentários do magnífico não pararam por ai, não satisfeito com tudo o que já havia dito, o astro hollywoodiano completa: “Os policiais de lá usam camisetas com uma caveira, duas armas e uma adaga cravada no centro; já imaginou se os policiais de Los Angeles usassem isso? Já mostra o quão problemático é aquele lugar”.
Pois bem, li uma reportagem sobre o assunto em que dizia que o ator conseguiu despertar a ira de inúmeros brasileiros, que após tais comentários sentiram-se ofendidos, e todo aquele blá, blá, blá sem fim. E o que mais me chamou a atenção na tal reportagem feita por "brasileiros indignados” foi a frase de início, realmente chocante, que dizia: “Uma série de declarações infelizes sobre o Brasil durante a Comic-Con despertou a ira dos internautas brasileiros, e colocou Sylvester Stallone no topo da lista dos assuntos mais comentados no Twitter no país e no mundo, o que obrigou o ator a pedir desculpas no fim da tarde”. Isso é mesmo pra ser levado a sério? O protesto brasileiro transformou-se em comentários no Twitter, e a população realmente pensa que o astro se sentiu comovido por tal "manifestação". A situação está realmente problemática, Sylvester. Não há almejo por mudanças, há apenas pessoas “twittando” sem parar e achando que isso fará alguma diferença no futuro do país, ou até mesmo na sua vida. E talvez seja esse o motivo pelo qual os estrangeiros sentem-se tão a vontade ao falar do nosso Brasil sem o mínimo de respeito possível, já que o máximo que faremos será xingá-los no Twitter, e esquecer por completo o ocorrido na semana seguinte. No fim da tarde, após toda a manifestação brasileira nada plausível, Sylvester Stallone deu o seguinte depoimento: “Eu peço desculpas sinceras às pessoas do Brasil. Todas as minhas experiências no Brasil foram fantásticas e eu disse a todos os meus amigos para filmarem lá. Ontem, eu tentei falar algo engraçado, só que me expressei mal. Eu não tenho nada além de respeito por esse grande país que é o Brasil. Mais uma vez, peço desculpas. Amor, Sly”.
Os comentários no Twitter terminaram, Sylvester. Está perdoado.

domingo, 11 de julho de 2010

O Formspring

Há inúmeras razões para que deixemos de dialogar. Hoje, uma delas é a Internet. As tantas descobertas e inovações do meio tecnológico nos trazem, a cada dia, um impulso para que não mais tenhamos tempo para atividades que antes eram rotineiras, e que hoje podem ser consideradas extremamente raras.
O meu intuito na criação de um blog não é influenciar o pensamento dos leitores. Sendo assim, hoje, venho falar sobre o mais novo e espetacular meio de “comunicação” criado: o Formspring. Não vejo motivo plausível algum para que haja a criação do mesmo. E discordo plenamente da idéia de que esse seja mais um avanço do século XXI. Penso que não haja nada mais desgastante do que chegar em casa, ter de ligar o computador, e ainda responder às perguntas de pessoas que você mal sabe quem são, e que, por vezes, não querem simplesmente fazer uma pergunta. Estão ali justamente pela má intenção de criar um tipo de aborrecimento ou ofensa. E acredito ainda que o ser humano "moderno" procura mais e mais meios para se aborrecer, de modo a pensar que os naturalmente existentes não sejam o suficiente para tal. O meu objetivo aqui também não é ser hipócrita, jamais diria que não estou incluída nesse universo de pessoas que de uma forma ou de outra ainda se tornam alienadas por esse tipo de tecnologia. Sou, sim, como qualquer pessoa de 17 anos, normal, que gosta e acessa a Internet. (E que, por sinal, também não tem tanta afinidade ou facilidade no ato de dialogar.) Mas que se sente muito, muitíssimo orgulhosa, eu diria, por reprovar por completo a idéia de que respostas de perguntas inúteis irão me tornar um alguém melhor ou mais integrado à sociedade.
As verdadeiras curiosidades, ou até mesmo as respostas mais interessantes ou inteligentes não se encontram num site de relacionamentos. Com isso, as pessoas que realmente se importam com você jamais irão esperar o computador ligar para que possam fazer uma pergunta que as afligem. E, é claro, o ato de responder às tais “perguntas inúteis” por meio de palavras atravessadas também não o fará o herói do momento, já que a partir da criação do Formspring, você já estará, definitivamente, exposto a qualquer tipo de pergunta que possa ou não ser de caráter ofensivo.
Mais uma vez, espero não influenciar o pensamento de nenhum leitor, já que uma sociedade plural é muito melhor do que uma sociedade em que todos pensam igual.
Muito obrigada.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Brasil Brasileiro


Definitivamente, a época que mais me chama atenção em termos de exaltação popular é a Copa do Mundo. Nada pode mexer mais com o sentimento de um brasileiro além do futebol, e a visão romântica da "Pátria amada" que nasce dentro de nós é brilhante, quase contagiante. Acredito que até mesmo os que não são brasileiros fariam de tudo para se tornar nesse momento tão magnífico, mesmo com todas as controvérsias.
O Brasil brasileiro, do samba e do futebol tão conhecidos em todo o mundo, hoje, se une em uma única torcida, formando uma Identidade Nacional jamais vista.
Aliás, vivendo em tempos modernos, é emocionante estar numa época em que o povo ainda pode comemorar como um todo, deixando de lado a idéia de “individualismo” que ainda cresce dentro de nós.
O Ufanismo chega brilhar nos olhos, e até mesmo as latinhas de guaraná se adequam à época vivida. As lojas ganham um outro tom, em verde e amarelo, assim como colégios, e qualquer barzinho de esquina, que, agora, tem a cara do Brasil. Em qualquer lugar que passemos, é impossível que não vejamos pelo menos uma bandeira gritante, ou um brasileiro ansioso para o dia de 10 Junho, com chapéus verdes, unhas amarelas ou até mesmo com o próprio uniforme da seleção já em prática, pronto para uma primeira comemoração, dentre outras tantas que ainda virão. Estaremos unidos, formando enfim uma única torcida de um povo que já não se lembra mais como comemorar uma vitória. E isso é emocionante, quase lírico.
Desejo a todos uma maravilhosa Copa do Mundo, e que venham muitas comemorações e vitórias para o nosso país, regadas de muito amor e patriotismo.


“Brasil!
Meu Brasil brasileiro
Meu mulato inzoneiro
Vou cantar-te nos meus versos
O Brasil, samba que dá
Bamboleio, que faz gingar
O Brasil, do meu amor
Terra de Nosso Senhor...”

Nick Vujicic




Sem mais.

domingo, 18 de abril de 2010

18 de abril

De fato, um título nada apropriado para uma crônica. Pouquíssimas pessoas sabem o quão especial é o dia de hoje, assim como morno. Aliás, pouquíssimas pessoas param para perceber o dia 18 de abril, talvez porque não tenham um motivo real para comemorá-lo ou para simplesmente olhá-lo de forma diferente dos outros. Arrisco dizer que seja um dia mais saudoso que qualquer outra definição. E talvez seja esse o motivo pelo "morno".
Comemorar um aniversário é sempre algo magnífico, desde que a "pessoa do dia" esteja por perto, vivendo, convivendo e com boa saúde. Aí sim, o dia se torna uma eterna comemoração entre parentes e amigos, mesmo que distantes, mas que nesse dia se tornam mais presentes que qualquer outra pessoa.
Acredito fielmente na força de uma data comemorativa, assim como já foi dito em outros textos, e em como somos capazes de desejar e ter sentimentos maravilhosos para com as pessoas que amamos, e é claro, comunicar isso a elas.
O problema é quando não podemos desejar nada além da presença, a ausência da ausência. E digo mais, talvez passemos a dar mais importância quando não podemos dar um abraço, um beijo, um carinho, um "Feliz aniversário!". Então o dia se torna morno. Deixando claro que morno não significa triste, já que tristeza não faz parte do meu vocabulário.
A "pessoa do dia" tinha os mais belos olhos e cabelos, uma calma e serenidade de dar inveja a qualquer um, e um coração sem tamanho. Não tinha pressa pra nada, acreditava que tudo acontecia no seu devido momento, já que na vida qualquer situação tem como consequência um belo aprendizado. A "pessoa do dia" era a mais linda, a mais paciente, a mais presente, a mais carinhosa e atenciosa de todas que já conheci em toda a minha vida. Foi então a melhor das mães, a mais fiel das amigas, a mais audaciosa das guerreiras, e, hoje, é a estrela que mais brilha no céu.
Parabéns, mãe.


"Entre as portas do visível e do invisível, uma tênue barreira nos separa da eternidade."
Fábio Jr.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

O último primeiro dia

O que me parece mais estranho quando penso em despedidas é o sentimento imediato que me causa. Uma mistura de alegria e tristeza, silêncio e som (maravilhoso Caetano), dor e paz. Toda despedida é nostálgica, mesmo que regada de saudade e boas lembranças. O último primero dia de aula foi, sem dúvidas, nostálgico. Não imagino qualquer outra palavra para defini-lo. É incrível como a chegada de pessoas novas e a saída de antigas nos causam tantas mudanças de comportamento (agora é Edgar Scandurra), atitudes, e até mesmo de sentimentos.
E o mais incrível de tudo isso é que esquecemos que será o último primeiro dia, o último primeiro "Bom dia" do último primeiro dia de aula de todos os próximos anos das nossas vidas. E não é que isso signifique o encerramento de um ciclo, mas sim o início de uma nova etapa (apenas uma forma mais sutil de encarar uma despedida).
Crescemos, aprendemos, e mais do que nunca percebemos que chegou a verdadeira hora de tirar as idéias da gaveta e torná-las reais. Concretizar sonhos, alcançar objetivos e vencer o cansaço, talvez essas sejam as nossas principais metas. Porém, não deixando de lado o fato de que estamos tratando de "n" adolescentes querendo viver até a última gota, convivendo por mais de seis horas diárias e exaustos de tanta cobrança. É desgastante até mesmo pra escrever.
Bom mesmo é acordar com determinação e encarar que o ano que irá decidir nossas vidas apenas começou. Iremos iniciar nossas carreiras como verdadeiros profissionais em nossas áreas, deixaremos pra trás momentos, festas, noitadas, tudo em prol de um único objetivo: passar no vestibular. De fato iremos sorrir bastante, comemorar bastante, nos emocionar, viver, reviver, experimentar, e, por fim, chorar, chorar e chorar. Tem como dizer que isso não é nostálgico?
O terceiro ano, sem dúvidas, é esplendoroso, magnífico. Aprendemos a conviver, tolerar, ensinar, e mais que isso, aprendemos que finalmente chegou a hora. A hora de erguer a cabeça e encarar que a vida nos espera, e que não há tempo a perder quando a caminhada é longa. Desejo um ano maravilhoso para todos aqueles que irão encarar toda essa responsabilidade, muita garra, atitude, e é claro, determinação. Feliz 2010!

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Dia do Carteiro

Vinte cinco de janeiro de dois mil e dez. Esse dia te faz lembrar algo? Não, não é nada pessoal. Eu não descobri o dia do seu primeiro beijo ou do seu casamento. Aliás, não faço idéia de quais sejam (mas não me leve a mal). Dentre tantas datas comemorativas, somos anunciados apenas sobre aquelas que possam se tornar fontes de lucro para todos os comerciantes (o que é natural, todos nós precisamos ganhar dinheiro, ninguém sobrevive somente de amor).
Hoje não é Natal, nem Dia das Mães, nem Dia dos Pais, muito menos Páscoa, e mesmo que todas essas datas tenham perdido seus reais significados devido à manipulação "televisíaca" e burguesa, ainda as celebramos com vigor e entusiasmo. Hoje é dia do Carteiro! Sim, dia desse homem que faça chuva ou faça sol vai até sua casa entregar a correspondência, e que talvez você tenha o visto uma ou duas vezes.
Sendo sincera, vi carteiros pela cidade pouquíssimas vezes, já que hoje todas as notícias e recados de familiares distantes (ou de qualquer coisa) chegam via internet. E com isso a profissão do nosso querido amigo vem sendo desvalorizada cada vez mais. Não é que ele tenha deixado de fazer seu trabalho de forma nobre, muito pelo contrário. Mas tem sido substituído por máquinas que são consideradas mais velozes e astuciosas. Enfim, esse é um assunto pra outra crônica.
E já que hoje não é uma data considerada "digna" de noticiários e reportagens, desejo apenas um ótimo Dia do Carteiro para todos os carteiros do mundo, mesmo que a maioria deles sequer saiba da existência dessa comemoração. Boa noite.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Os olhos da tecnologia

Talvez seja essa a grande arma utilizada pelos pais do momento: a tecnologia. Essa tal que não nos deixa em paz um minuto sequer, que nos persegue e nos denuncia sem um pingo de consideração. Ah, essa tecnologia... Quantos olhos ela tem?
É quase imperceptível o número de pessoas que não possui um celular, um MSN, um Orkut, e tantos outros meios que nos invadem e contam pra metade do mundo como nós somos, agimos, do que gostamos e o que almejamos pra nossas vidas daqui a dez ou trinta anos. Sim, nos invadem, porque eu também faço parte desse exército de pessoas rendidas a essa tão poderosa tecnologia. E é natural que nos tornemos "bem vistos" pela sociedade devido a todos esses atributos apresentados. Porém, também é natural que outras tantas se recusem a entrar nesse mundo virtual, e nos dêem conselhos do tipo: "Meu filho, cuidado com essas fotos." (comentário típico dos pais ou avós).
Talvez eles estejam mesmo certos, talvez não. É notória tamanha praticidade oferecida devido aos tantos novos meios de comunicação, assim como é lamentável a perda de emoções causadas pelos mesmos. Sim, a perda de emoções, não me olhe com essa cara de espanto. A ausência de um abraço apertado, de um beijo dado com vontade, ou até mesmo de um mero aperto de mão. A ausência de um "Bom dia", que não seja sussurrado como os de costume, de um pequeno afeto demonstrado no fim do dia. Ausências que se tornaram comuns.
Termino mais um texto propondo que comecemos esse ano de forma diferente, quase poética. Dê abraços, beijos, e sorria! Porque sorrir nunca é demais, cura dores emocionais e contagia. Espalhe a felicidade da sua melhor forma, e o dia que deixar de senti-la, aí sim, recorra aos tantos olhos da tecnologia.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Saudade

Saudade: Lembrança grata de pessoa ausente ou de alguma coisa de que nos vemos privados.
Belíssima definição, dicionário. Porém falta sentimento, falta alma, falta lirismo. Saudade é saudade de um amigo que já não se vê, de um avô que a vida levou, de um beijo que não se esquece, de um lugar esplendoroso, de uma época lembrada com carinho. Há diversos tipos de saudade, há até mesmo aquela saudade gostosa de se sentir, que parece corroer o coração de uma só vez, mas que você sabe que logo irá matá-la. Saudades assim ocorrem quando você sabe que irá ao encontro daquele tal amigo, que irá sonhar com aquela pessoa que já se foi,
que irá satisfazer o desejo daquele tal beijo, que irá revirar velhos arquivos e fotos que o deixam mais presentes no passado - se é que isso é possível. Tudo isso são formas de matar a saudade que tanto nos atormenta durante toda uma vida. Saudade de uma música, de uma comida, de alguém que já não se sabe. Porque saudade é exatamente isso: não saber. Boa tarde a todos.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Se

Certamente, alguns amigos próximos ao lerem o nome dessa primeira crônica postada, pensarão: "Ah, lá vem a Helen de novo com essa música!". Pois então, meus caros amigos, não vou escrever a letra da dita cuja, nem homenagear o Djavan (digno de uma homenagem bem maior que uma crônica de uma amadora), e ao menos cantar, o que não é bem o meu forte. E talvez quem não seja tão próximo, ou até mesmo você que não me conhece e entrou nesse site por acaso ou curiosiodade, pode estar pensando: "Ora, mas o que tem demais nessa simples música?".
E é exatamente aí que se encontra o problema. Essa música tem demais. Tem lembranças demais, tem sentimentos demais, tem lirismo demais. Tem tudo demais. E é por isso que em todas as ocasiões possíveis, e até nas impossíveis, lá estou eu chateando um amigo para que peça pra alguém tocá-la em alto e bom tom. Penso que daqui alguns anos nem os cantores de barzinho vão querer tocá-la, já que nunca presenciei uma situação em que eles o fizessem sem o meu repetitivo apelo.
E se eu disser que não faço idéia de como surgiu essa paixão, vocês acreditariam? Pois é, nem eu. Faço idéia sim, e com ela me sinto leve, aliviada. E é isso que todas as pessoas deveriam sentir ao ouvir pelo menos uma música. Seja Djavan, Cazuza ou Calypso, não importa. Libertar-se, movimentar-se, inspirar-se, tudo isso faz parte. Porque é exatamente isso que a música e a poesia causam naqueles que ainda sabem senti-las com prazer.
Bom, peço perdão aos meus queridos amigos que sempre que estão comigo precisam ouvir pelo menos um trecho dessa música, e agradeço à todos aqueles que um dia me homenagearam através dela (mesmo que sob pressão). Obrigada.