terça-feira, 28 de dezembro de 2010


Voltando a nostalgia trazida pelos dias chuvosos, parei pra pensar em como nos tornamos adeptos às facilidades que a vida nos propõe. E em como acreditamos, fielmente, em meias verdades que tem o poder de acalentar nossas almas.
Em meio a diversos detritos emocionais, um estado de espírito protetor e inconsciente toma conta de todo o nosso ser, e somos capazes de atribuir novas regras às nossas turbulentas estadas na Terra. Algumas almas lúgebres costumam aconselhar viagens, assim como pequenas fugas, a fim de que haja o esquecimento dos tão temidos problemas quando a época não é boa. Viajei nesse fim de ano, e sou feliz por dizer que meus problemas também fizeram as malas e embarcaram comigo. Caso contrário, seria fácil. Felizes, em casa. Infelizes, fora de casa. Qualquer fugidinha da cidade serviria de conforto e, assim, os problemas jamais teriam a mesma importância e intensidade que tem.
Então, por hoje, um “salve” especial para as adversidades encontradas pelo meio do caminho, e que as nossas fugas se tornem a cada dia menores e menos gratificantes.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010


"O Cristo não pediu muita coisa, não exigiu que as pessoas escalassem o Everest ou fizessem grandes sacrifícios. Ele só pediu que amássemos uns aos outros."

Bom Natal!

domingo, 12 de dezembro de 2010


A gente perde e ganha pessoas o tempo inteiro. Perdemos por erros, ganhamos por acertos. Ou simplesmente perdemos e ganhamos porque tem que ser assim. A vida nos presenteia e tira um pouquinho de nós a cada dia que passa. Parei pra pensar na quantidade de pessoas que perdi e ganhei esse ano. E seja lá pela satisfação ou pela dor que senti, sou feliz por ainda ter a vida em movimento.

Boa semana!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Definições

Vivo questionando o fato do ser humano se definir. Seja lá através da internet ou por conversas altamente regadas de sofisticação, todos tentam, quase que em tempo integral, demonstrar o quão bom homem se é. O quão bom cidadão e pai de família se é. E o quanto a sociedade ganha por simplesmente tê-lo vivendo ali. As pessoas buscam por uma definição constante, uma vontade de expor o que se tem e valorizar o que se transmite. Acredito que uma discussão sobre caráter ou contribuições não seja uma boa maneira de se inicar uma amizade ou uma simples apresentação. Um assunto de tal nível deve ser tratado apenas naqueles momentos em que há a busca por uma conquista maior, uma entrevista de emprego ou um pedido de casamento. Antes de sabermos o quanto alguém contribui para a melhoria do mundo ou então para o crescimento geral de uma empresa, deveríamos procurar saber as menores coisas que aquela pessoa carrega consigo. Saber o que ninguém dá valor: o que ela gosta de fazer quando o sol se põe, o que ela pensa quando vai deitar, ou então as rasteiras que a vida já lhe deu. Os seus maiores sonhos e os maiores medos também fazem parte dessa lista. Eu escolheria falar sobre os sentimentos. Não sobre aquelas loucuras que assustam os receptores da mensagem. Mas os pequenos mesmo. As minorias que fazem parte do nosso dia-a-dia e que sequer percebemos. A saudade, eu deixaria por último. Falaria um pouco sobre as rosas, os livros, os cheiros marcantes, as almas caridosas e cheias de luz, e outras coisas românticas e minúsculas. Falaria também sobre as pessoas que causam felicidade sem saber. Que distribuem sorrisos e olhares compreesivos, e que simplesmente não tem idéia da imensidão do bem que fazem. Falaria sobre os tantos maravilhosos amigos que tenho, e o quanto sou grata a eles. Falaria sobre Deus. Sobre os pássaros. Sobre a timidez que todos os dias me impede de fazer algo que gostaria. Sobre o quanto sou feliz e boba. E também sobre o quanto a vida me presenteia, a cada dia que acordo.
Preguiçosa é o meu nome, Helen é só apelido. Muito prazer.