domingo, 24 de janeiro de 2010

Os olhos da tecnologia

Talvez seja essa a grande arma utilizada pelos pais do momento: a tecnologia. Essa tal que não nos deixa em paz um minuto sequer, que nos persegue e nos denuncia sem um pingo de consideração. Ah, essa tecnologia... Quantos olhos ela tem?
É quase imperceptível o número de pessoas que não possui um celular, um MSN, um Orkut, e tantos outros meios que nos invadem e contam pra metade do mundo como nós somos, agimos, do que gostamos e o que almejamos pra nossas vidas daqui a dez ou trinta anos. Sim, nos invadem, porque eu também faço parte desse exército de pessoas rendidas a essa tão poderosa tecnologia. E é natural que nos tornemos "bem vistos" pela sociedade devido a todos esses atributos apresentados. Porém, também é natural que outras tantas se recusem a entrar nesse mundo virtual, e nos dêem conselhos do tipo: "Meu filho, cuidado com essas fotos." (comentário típico dos pais ou avós).
Talvez eles estejam mesmo certos, talvez não. É notória tamanha praticidade oferecida devido aos tantos novos meios de comunicação, assim como é lamentável a perda de emoções causadas pelos mesmos. Sim, a perda de emoções, não me olhe com essa cara de espanto. A ausência de um abraço apertado, de um beijo dado com vontade, ou até mesmo de um mero aperto de mão. A ausência de um "Bom dia", que não seja sussurrado como os de costume, de um pequeno afeto demonstrado no fim do dia. Ausências que se tornaram comuns.
Termino mais um texto propondo que comecemos esse ano de forma diferente, quase poética. Dê abraços, beijos, e sorria! Porque sorrir nunca é demais, cura dores emocionais e contagia. Espalhe a felicidade da sua melhor forma, e o dia que deixar de senti-la, aí sim, recorra aos tantos olhos da tecnologia.

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