quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Nada me encantou

Fui pega falando essa frase para um querido amigo logo após a Bienal no Livro (10/09/2011): nada me encantou. Nunca fui (e creio estar bem longe de ser) uma criatura organizada. Acredito que na hora da escolha das minhas características, Deus disse: joga a organização fora. E não é que jogaram mesmo? Ô pai, reclama com eles lá de cima, ó. Não fui capaz de organizar uma listinha sequer com os livros que gostaria de comprar, que fariam meu coração sorrir após tantos desencontros. Contei apenas com a ajuda da memória, e a danadinha resolveu fazer as malas e ir embora logo naquela manhã... Sorte ou azar.
Andei por todos os lados, pavilhões azuis, verdes, laranjas... E nada fez meus olhos brilharem. Livros de romance, suspense, revistinhas de quadrinho (fala aí, Luizão!), e nada, nadinha me chamou atenção. A propósito, um dos únicos que me deixou com um certo indício de água na boca foi "Casamento aberto", uma história romântica de Nena O'Neill e George O'Neill que prioriza a valorização das amizades durante um casamento. Blé. Não me encantou. Lanchei, andei um pouco mais aqui e ali, encontrei amigos e, por fim, me rendi ao cansaço, deitei naquela maravilhosa grama e descansei embaixo do sol.
E então comecei a pensar no motivo pelo qual meu coração não acelerava, minhas veias não ficavam quentes, minha imaginação não fluia e minha curiosidade não dispertava, por nada. Não tinha motivo. Não tinha razão. Foi simples assim: o dia não estava encantador pra mim. E por isso eu não fui capaz de me encantar por nada. Vaidade dizer que não encontrei UM livro bom na Bienal, né? Tinham sim... E muitos. Mas nenhum que pudesse me confortar diante da situação que eu vivia, porque acredito que os livros sirvam também pra isso. Pra nos fazer companhia, nos mostrar que não estamos sós em meio aos problemas e que as palavras têm, sim, poderes mágicos. Cheguei em casa, olhei para o meu companheiro de cabeceira atual, que ainda não terminei de ler, e pensei: seu trabalho ainda não terminou



...e meu coração ainda não congelou. Obrigada!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Mentalizo



Eu parei pra pensar em tudo que desejo pra você e pro seu coração. Parei pra pensar em todas as estradas cheias de luz e felicidade que enxergo pelo seu caminho daqui pra frente. Parei pra pensar em todos os seus sorrisos e o quanto sou feliz por eles ainda existirem e serem distribuídos para outras pessoas. Parei pra pensar na felicidade e na sorte dos que te querem bem e têm você por perto, e me alegro por eles. Parei pra pensar na sua saúde, no quanto desejo que seus planos saiam do papel. Parei pra pensar nos seus dias de impaciência e desejo que ela vá embora devagarzinho. Parei pra pensar na sua ternura e rezei pra que ela não fosse embora nunca. Parei pra pensar ontem, hoje e vou parar pra pensar amanhã também.
Mentalizo bons sentimentos nesses dias, e sei que eles chegam até você. Sei também que você sabe que são meus, mas que jamais poderia demonstrar isso. Mentalizo, de longe, que você não se perca pelo meio do caminho, e caso isso aconteça, que encontre a motivação necessária pra se achar de novo. Mentalizo que você nunca deixe de lado a sua vontade de fazer o bem, afinal, esse é o motivo pelo qual tantos se apaixonam pelo seu coração. Mentalizo que todos os dias quando acordar você pense que tem um bocado que gente que depende de você, e use isso a seu favor. Mentalizo que nas suas horas de almoço você tire um tempo pra pensar na vida e nas pessoas que fazem parte dela, mesmo que eu já não faça. Sejam lá dez ou quinze minutos, te farão bem. Mentalizo que seja compreensivo com os que já lhe fizeram mal um dia - e sei que me incluo nesses poucos -, mas que seja forte o bastante para perdoá-los. E perdoe-se de vez em quando também.
Por fim, mentalizo que um pouco antes de dormir, você lembre de mim com carinho. Um pouquinho só, não mais que os dez ou quinze minutos da hora do almoço. E então durma...

Felicidades!