terça-feira, 8 de março de 2011

Nostalgia

Manhã de sexta-feira, o dia amanheceu diferente para pelo menos trinta e sete corações aqui presentes. O desespero e a alegria, quando juntos, trazem uma sensação terrivelmente difícil de ser descrita, assim como as tão famosas borboletas no estômago. Não se tem uma exatidão sobre elas, sequer sabemos de onde elas vieram, mas sabemos que estão lá. O dia amanheceu irrevogavelmente diferente, os pásssaros cantarolavam em leves tons de despedida e a saudade resolveu se fazer presente de uma só vez, sem piedade. Ouvi dizer, certo dia, que a saudade deve ser cuidadosamente parcelada, pois ela se torna insuportável quando é lembrada em um só instante. Porém, agora, no fim de tarde, além da saudade me resta um amor imensurável por cada um de vocês que fizeram parte da minha vida por todo o ano letivo.

Pós a afobação trazida pela manhã, pelo resto do dia fui flagrada inúmeras vezes pensando no que poderia dizer para cada um de vocês em nossa última estada juntos, e não posso esconder que um turbilhão de sentimentos se fez presente em mim, trazendo consigo uma urgência inexplicável. O que eu poderia dizer para os professores, para os funcionários, e para vocês, meus amigos de classe? Para o Axl eu diria o quão gratificante foi pra turma tê-lo presente. Para o Luiz Carlos diria que as suas perguntas magníficas nas aulas de Biologia também foram produtivas pra nós. Para a Amanda diria que discrição é fundamental, mas que seu jeito espalhafatoso torna qualquer aula mais divertida. Para o Pedro diria que quem faz a nossa sorte somos nós. Para a Raiane tentaria explicar que a vida não é fácil, mas que ninguém disse que seria.

Agora, e pra vocês, professores e funcionários? Para o Bambam eu diria que além do carisma, a honestidade prevalece no julgamento do caráter, e ainda assim ele se torna um exemplo. Para o JJ diria que seu jeito de dar aula é encantador, assim como a sua pessoa. Para o Luciano diria que pessoas “brutas” não necessariamente são insensíveis, e ele é a prova disso. Para o Calixto diria que seu senso de humor não pode ir embora, mesmo com muita luta. Para o Raphael diria que suas piadas alegraram muitos dias nublados. Para o Rodrigo diria que seu sorriso foi o responsável por inúmeras alegrias. Para o Erivelton diria que suas músicas, por muitas vezes, animaram nossas manhãs.

Mas como eu poderia resumir tantos desejos e tanto sentimento numa só linha? Encontrei uma frase perfeita, que serve tanto para os alunos, quanto para os professores e funcionários. Se eu pudesse dizer algo a vocês, hoje, diria: “Vou morrer de saudade."

Formatura de 2010 (17/12/2010) - Surpresa Final

4 comentários:

  1. anjoooooooooooooooooo... eu invejo a forma que você escreve... com propriedade e personalidade... só de pensar que eu já te dei umas ajudinhas um dia... oh ceus, e hoje vc tá mais inteligente que eu!!! É isto aew... te adoro menina lindamente cute!!!

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  2. Por vezes gostaria de ser um escritor. A gramática não ajuda, e quando não atrapalha, falta-me idéias. Falar de que? Política? Violência nos centros urbanos? Violência na roça? Do Tião do Carrinho de Mão? Ou falar de nada.?.?. Não! Isto não! Carlos Eduardo Novais não ficou famoso por suas crônicas escrevendo sobre nada. Podia ser um assunto bem bobo, mas era um assunto.

    Já sei, me apetece contar a história de BH... de um ângulo não histórico. Mas por menos histórico que seja, não tenho competência com datas. Não daria certo.


    Ah, então fica assim... volto a estaca zero, não escrevo nada e somente leio. Nem todos são dotados com esta proeza, escrevem sem alma. Assim também, nem todos tem o dom da culinária... vamos almoçar?

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  3. Helen saiba que compartilho desse sentimento de saudades e que foi um prazer conviver 3 anos com essas pessoas fantasticas. Pessoas como voce me fazem crer que existe gente boa e brilhante no mundo.

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  4. Tu és um resumo de tudo que existe de melhor...

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