sábado, 29 de outubro de 2011
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
Nada me encantou
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
Mentalizo
Eu parei pra pensar em tudo que desejo pra você e pro seu coração. Parei pra pensar em todas as estradas cheias de luz e felicidade que enxergo pelo seu caminho daqui pra frente. Parei pra pensar em todos os seus sorrisos e o quanto sou feliz por eles ainda existirem e serem distribuídos para outras pessoas. Parei pra pensar na felicidade e na sorte dos que te querem bem e têm você por perto, e me alegro por eles. Parei pra pensar na sua saúde, no quanto desejo que seus planos saiam do papel. Parei pra pensar nos seus dias de impaciência e desejo que ela vá embora devagarzinho. Parei pra pensar na sua ternura e rezei pra que ela não fosse embora nunca. Parei pra pensar ontem, hoje e vou parar pra pensar amanhã também.
Mentalizo bons sentimentos nesses dias, e sei que eles chegam até você. Sei também que você sabe que são meus, mas que jamais poderia demonstrar isso. Mentalizo, de longe, que você não se perca pelo meio do caminho, e caso isso aconteça, que encontre a motivação necessária pra se achar de novo. Mentalizo que você nunca deixe de lado a sua vontade de fazer o bem, afinal, esse é o motivo pelo qual tantos se apaixonam pelo seu coração. Mentalizo que todos os dias quando acordar você pense que tem um bocado que gente que depende de você, e use isso a seu favor. Mentalizo que nas suas horas de almoço você tire um tempo pra pensar na vida e nas pessoas que fazem parte dela, mesmo que eu já não faça. Sejam lá dez ou quinze minutos, te farão bem. Mentalizo que seja compreensivo com os que já lhe fizeram mal um dia - e sei que me incluo nesses poucos -, mas que seja forte o bastante para perdoá-los. E perdoe-se de vez em quando também.
Por fim, mentalizo que um pouco antes de dormir, você lembre de mim com carinho. Um pouquinho só, não mais que os dez ou quinze minutos da hora do almoço. E então durma...
Felicidades!
segunda-feira, 27 de junho de 2011
segunda-feira, 6 de junho de 2011
O fim do
Boa noite.
domingo, 5 de junho de 2011
Abre aspas
Fecha aspas
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Lapsos
Deixe-me explicar.
De uns tempos pra cá tenho tido grande dificuldade de concentração - o que não é nada sobrenatural, todos nós passamos por isso, eu espero -, o que também explica grande parte da minha distração e silêncio. Aliás, acho que trago essa dificuldade na mala há bons e longos anos, interpretem como quiser. Alguns amigos e familiares sugerem um tipo de "lerdeza" (santa paciência!), eu sugiro o desapego. Porém, dia após dia, fui apresenta a diversas situações completamente embaraçosas que, além de me tirarem o fôlego, me fizeram perceber que não satisfeita com a falta de concentração, tenho tido falta de memória. Sem piadas, pessoal. Isso é sério.
Então vamos às exemplificações.
Segunda-feira, 31 de maio de 2011. Lá estava eu, morrendo de sono, deitada numa poltrona de um ônibus rumo ao Rio de Janeiro. Nada de anormal, rotineiro que só. Até que sinto falta da chave do apartamento onde moro. Meu Deus! Como pude esquecer o que é mais importante? Entrei em desespero. Não só por pensar que estava sem a chave, mas por pensar que estava sem o celular - dessa vez, sim, síndrome da lerdeza crônica -, e que não poderia me comunicar com ninguém até a partida do ônibus. "O que fazer?", pensei. Após alguns minutos de silêncio, resolvi pedir o celular da moça que sentava na minha frente. Ah, como não havia pensado nisso antes? Uma moça tão boazinha, tão gentil, jamais me negaria uma chamada a cobrar feita pelo seu celular.
Então vamos lá, deixando a vergonha de lado. Pedi. Ela emprestou. Fiz a ligação e uns minutinhos depois meu pai estava lá, meu herói, trazendo a chave do apartamento na mão. Merecia um beijo bem estalado como despedida e agradecimento, o fiz. Então voltei para o ônibus. Sentei, mais uma vez, na minha poltrona confortável, e quando já me preparava pra dormir, me veio o pensamento: "Eu devolvi o celular pra moça da frente?"
Não devolvi. Guardei dentro da mochila, sem perceber. Não guardei. Ah, coloquei no bolso da calça. Não coloquei. Então caiu no chão. Não caiu. Pensei: "Sou uma ladra!". Mas uma ladra por distração, diga-se de passagem. Passei as duas horas de viagem me martirizando e pensando em como poderia me desculpar e recompensar a moça pelo dano. Nem dinheiro eu tinha, meu Deus, nem dinheiro. O que aquela mulher poderia exigir de mim? Me levaria presa, de fato. Sairia nas manchetes dos jornais: "Garota de 18 anos é presa por roubar o celular de uma pobre moça dentro do ônibus!". Ou então: "Garota de 18 anos é jogada pela janela do ônibus por uma senhora de 35. Motivo: o roubo de um celular!". Ela era boazinha, tenho certeza disso. Mas não me perdoaria porque tenho um belo sorriso. "Cara de pau essa garota, hein?", todos pensariam. Eu também pensaria, caso não fosse distração. E foi.
Não consegui dizer uma palavra àquela senhora durante toda a viagem, quis inúmeras vezes segurá-la e dizer: "Moça, me diz, pelo amor de Deus, que eu devolvi o celular pra senhora?". Não disse, não tive coragem, não queria adotar esse novo fardo pra minha vida: ladra. Ladra de celulares. Ladra de celulares de moças boazinhas e gentis. No que pude me transformar? Passados os mais longos cento e vinte minutos da minha vida, vejo a delicada moça puxando o celular da bolsa para verificar a hora. Nunca fiquei tão feliz por ver um aparelho daquele na minha frente, ainda mais o dela, que eu não havia roubado, havia apenas esquecido que entreguei. Minha vontade era puxá-la e dizer: "Nunca mais empreste o seu celular pra gente com falta de memória, ouviu? Nunca mais."
Será que eu disse pelo menos "obrigada"? Acho que não.
Então, o texto de hoje é dedicado não só à minha falta de memória, que quase me fez passar mal numa manhã de segunda-feira, mas também à gentil moça que nos tempos de hoje ainda confia o celular nas mãos de uma estranha.
OBRIGADA!
domingo, 17 de abril de 2011
sexta-feira, 25 de março de 2011
De tempo em tempo
terça-feira, 8 de março de 2011
Nostalgia
Manhã de sexta-feira, o dia amanheceu diferente para pelo menos trinta e sete corações aqui presentes. O desespero e a alegria, quando juntos, trazem uma sensação terrivelmente difícil de ser descrita, assim como as tão famosas borboletas no estômago. Não se tem uma exatidão sobre elas, sequer sabemos de onde elas vieram, mas sabemos que estão lá. O dia amanheceu irrevogavelmente diferente, os pásssaros cantarolavam em leves tons de despedida e a saudade resolveu se fazer presente de uma só vez, sem piedade. Ouvi dizer, certo dia, que a saudade deve ser cuidadosamente parcelada, pois ela se torna insuportável quando é lembrada em um só instante. Porém, agora, no fim de tarde, além da saudade me resta um amor imensurável por cada um de vocês que fizeram parte da minha vida por todo o ano letivo.
Pós a afobação trazida pela manhã, pelo resto do dia fui flagrada inúmeras vezes pensando no que poderia dizer para cada um de vocês em nossa última estada juntos, e não posso esconder que um turbilhão de sentimentos se fez presente em mim, trazendo consigo uma urgência inexplicável. O que eu poderia dizer para os professores, para os funcionários, e para vocês, meus amigos de classe? Para o Axl eu diria o quão gratificante foi pra turma tê-lo presente. Para o Luiz Carlos diria que as suas perguntas magníficas nas aulas de Biologia também foram produtivas pra nós. Para a Amanda diria que discrição é fundamental, mas que seu jeito espalhafatoso torna qualquer aula mais divertida. Para o Pedro diria que quem faz a nossa sorte somos nós. Para a Raiane tentaria explicar que a vida não é fácil, mas que ninguém disse que seria.
Agora, e pra vocês, professores e funcionários? Para o Bambam eu diria que além do carisma, a honestidade prevalece no julgamento do caráter, e ainda assim ele se torna um exemplo. Para o JJ diria que seu jeito de dar aula é encantador, assim como a sua pessoa. Para o Luciano diria que pessoas “brutas” não necessariamente são insensíveis, e ele é a prova disso. Para o Calixto diria que seu senso de humor não pode ir embora, mesmo com muita luta. Para o Raphael diria que suas piadas alegraram muitos dias nublados. Para o Rodrigo diria que seu sorriso foi o responsável por inúmeras alegrias. Para o Erivelton diria que suas músicas, por muitas vezes, animaram nossas manhãs.
Mas como eu poderia resumir tantos desejos e tanto sentimento numa só linha? Encontrei uma frase perfeita, que serve tanto para os alunos, quanto para os professores e funcionários. Se eu pudesse dizer algo a vocês, hoje, diria: “Vou morrer de saudade."
Formatura de 2010 (17/12/2010) - Surpresa Final
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Bem sem saber
Existem pessoas que provocam o bem sem saber, e talvez por não saberem o tamanhão de todo o bem que fazem, são encarregadas por essa tarefa durante uma vida inteirinha. Existem pessoas que provocam sorrisos de graça, sorrisos que lembram um fim de tarde fresco em um jardim qualquer. Existem pessoas que trazem de volta a felicidade quando, no momento, ela parecia não mais existir. Nem ali, nem em qualquer outro lugar do mundo. Existem pessoas abençoadas, pessoas que tem formas de prece. Formas tão diferenciadas que se pode distinguir somente pelo olhar. Ou pelo sentir.
Existem pessoas que vieram até aqui com o único objetivo de fazer o bem. E arrisco dizer que o bem sem saber é mais proveitoso, mais delicado, mais simples, eu diria. Não é preciso esforço algum, apenas estar presente.
Tenho um amigo que provoca um bem maravilhoso sem dizer uma palavra. E se for realmente essa a sua missão na Terra, de mim, ele jamais saberá.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Chorar com o coração
Chora-se com o coração quando a dor é forte, quando a alma pede, quando a tristeza se acomoda. Chora-se com o coração não por dores físicas, mas dores da alma. Dores que não vão embora com remédios, que ficam ali, atrapalhando o nosso sono, e se fazem dores. Chora com o coração quem tem medo de amar. Medo de sofrer com o amor. E medo de ser feliz pra sempre também.
Chora-se com o coração quando os olhos já estão cansados, quando as lágrimas não encontram outro caminho. Chora-se por sonhos não realizados, por ansiedade, por derrotas que não deveriam ser nossas. O choro do coração é definitivamente diferente do choro dos olhos. Os olhos jamais seriam capazes de demonstrar tamanha sinceridade e desespero. A sinceridade da alma e o desespero do corpo. Chora-se com o coração quando não é preciso dizer mais nada, só chorar...
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
Essa antiga história de não falar se faz presente em nossas vidas há bons e longos anos. Ela chega devagar, sem fazer barulho, e de repente, já estamos rendidos. A vontade sem a coragem. O desejo junto do medo. A nostalgia lado a lado com a indiferença. Por vezes acreditamos fielmente que ser indeferente é o melhor a se fazer. Afinal, quem gosta de ter alguém que diz o tempo todo o que sente e o que quer da vida?
Eu gosto. Gosto sim. Gosto de quem possui essa incrível capacidade de demonstrações. Tanto do medo quanto do amor. Sabe lá quanto vale um sorriso inesperado, uma palavra doce junto de um carinho bondoso, sabe lá... Perdemos grandes chances o tempo inteiro pela teimosa mania de viver a espera de. Deixamos todas elas irem embora pelo simples fato de que não queremos nos render aos sentimentos. Às vontades. Às palavras. Às dores. E até mesmo aos segredos mais profundos.
Acredito que viemos até aqui com o único objetivo de dividir. Dividir solidão. Dividir afeto. Dividir respeito. E todo tempo parece pequeno demais quando finalmente descobrimos isso. Quando finalmente percebemos quantas chances nos escaparam por entre os dedos. Quanta sorte jogamos fora. Quanta saudade deixamos guardada pra nada. Pra nada...
sábado, 22 de janeiro de 2011
Perda dos traços
Que crueldade, não? Sem ao menos nos perguntar, pedir um palpite ou uma ajudinha aqui e ali, nossa mente escolhe dedo a dedo o que devemos, e não o que queremos lembrar. É claro que existem épocas marcantes, casamentos, aniversários, celebrações de todo o tipo. Mas não falo disso, não falo dos laços. Das pessoas e de todos esses momentos certamente iremos nos lembrar, não me restam dúvidas de que existem, sim, pessoas que quero carregar para todo o meu sempre, e que vou carregar. Eu falo dos traços. Da suavidade dos sorrisos, da leveza das mãos, dos olhares marcantes, das pequenas palavras não ditas, até da voz eu falo. Como somos capazes de esquecer o timbre da voz de quem foi tão importante? É quase uma traição. Mas a culpa, se é que assim devemos chamar, é do tempo, das necessidades e da nossa própria mente.
O esquecimento dos detalhes - ou traços - mesmo que valorizados, se tornam incontroláveis. E não há muito o que fazer sobre isso. Conforme há o enchimento de uma gaveta, é natural que retiremos os objetos menores para dar espaço aos maiores. Talvez seja melhor lembrar por um todo, não pelo pouco. Talvez...